Às vezes eu penso que não mereço o que tenho e menos ainda o que desejo, seja de bom, seja de ruim... Penso que não vou conseguir nem mais um dia, nem mais um minuto, meus pensamentos doem...
Tenho vontade de parar, mas sei que estagnado não amenizo o que sinto e nem esqueço o que sou, então continuo andando, mesmo que mutilado, mesmo cansado, sei que andar é o melhor a ser feito.
Tem dias que sinto nojo de mim, e tenho medo do que posso fazer. Às vezes minha repulsa é com quem me cerca e quase sempre amo, e o pior? Nem sempre sei o motivo, e quando sei, nem sempre estou certo.
Às vezes como agora, não consigo mais suportar o peso, e aí só tenho duas opções: Parar ou descarregar; não me sinto a vontade com nenhuma delas, mas como já disse: parar não dá! Aí só me resta descarregar, mesmo que cheio de receios e medos, cheio motivos torpes em não fazê-lo (descarregar), mesmo contra a vontade que as pessoas tem em aceitar o que podem ouvir...
Gosto de brincar com as palavras e dizer o que não disse, falar o que não posso; gosto de passar por entre as pessoas gritando em silêncio as maiores barbaridades antes já ditas; gosto de ser eu sem ser ninguém, mas me machuca a falta de coragem de não conseguir ser transparente e mesmo não sendo ninguém, ser eu...
Na verdade sou só mais um dos covardes que não consegue dizer o que sente de forma direta, de forma a mostrar que precisa de ajuda. Em tudo, tenho porém um agravante: não tenho coragem de encarar de frente quem mais temo: EU.
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