terça-feira, 25 de novembro de 2008

Mais de mim...

Quem me conhece, não raro ouve a célebre frase que já virou pra mim um jargão: “não preciso de motivo, preciso de tempo...”, essa é sempre a resposta quando a pergunta é sobre meu peculiar estado de humor. A verdade (a quem interessar possa) é que sim; sempre há um motivo, porém nem sempre quero compartilhar-lo, prefiro confiar no meu silêncio à compreensão sinuosa dos que conheço.

Não sou nem um exemplo quando o assunto é estabilidade. Amo a mudança e tudo o que ela me rouba. Prefiro por fora a cogitar a hipótese de um dia perder. Já lancei fora coisas que talvez eu jamais perdesse, mas esse “talvez” é tão decisivo que chega a cortar. A duvida sempre me dá a certeza do errado.

Saber dessa covardia que move meu ser é difícil, mas consigo viver com ela, porém vê-la refletida em outras pessoas pra mim é algo intolerável. Não consigo ver meus defeitos sendo “esfregados” na minha cara sem que isso me faça parar e pensar no quanto eles me machucam. O bizarro é que nessas horas minha primeira reação é a raiva, a indignação, “como alguém pode ser tão fraco?” (irônico, não!?), em seguida sou tomado por um misto de piedade e super-heroísmo, coisas que não tenho. Tento ajudar. Tento fazer com que a pessoa perceba seu erro, que queira mudá-lo, uma vez que eu não o farei...
Por que é assim que eu me defendo de algo que ainda não sei se é um ataque.

Incrível em tudo isso é ter a noção e ainda assim continuar errando. Mas quem pode julgar o medo alheio? Não tenho medo de altura, medo do escuro, de insetos peçonhentos ou da morte, mas tenho medo de gente, do que elas podem fazer...
Então não me julgue.
Não peço compreensão, ou aceitação, mas também não se sinta ferido pela minha defesa as avessas. Apenas olhe e continue andando, a vida deve continuar...

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Agora...

Hoje estou me sentindo extremamente sozinho, triste e mal humorado. Triste e mal humorado assim tudo o que eu quero é ficar sozinho, sem ver ninguém. Hoje é um daqueles dias perfeitos para usar uma das minhas mais célebres frases: “odeio gente...”.

Estranho eu?! Capaz...

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Verdades e amizades...

Dizer a verdade ainda me incomoda quando ela não está servindo de arma de ataque...

Ontem conversei por horas com um grande amigo; que agora sabe tanto de mim quanto eu. Ainda que não ele sinta nada do que eu sinto; alias, muito pelo contrário, deplora o que vejo como certo e ainda tem esperança no que lanço fora.

O que mais foi marcante pra mim foi à estranha sensação de incomodo e desconforto que tive durante a conversa e principalmente ao fim dela, se é que aquilo foi um fim (como se precisasse de um).

Não sei o quanto às coisas vão mudar daqui em diante, não sei o quanto vamos fingir estar tudo bem todas às vezes que nos vermos, e menos ainda qual será o futuro dessa amizade, até então tida como inabalável, mas sei que algo foi rompido, quebrado.
O que mais me intriga é saber exatamente o que foi rompido, quebrado. O que exatamente eu senti.
Não quero crer que tenha sido a amizade o que se perdeu em meio a verdades que escondia por necessidades inexistentes; desejo que esse sentimento de perda seja algo mais íntimo, mais dolorido e menos prejudicial.
Quero crer que, o que perdi foi minha carapuça de bom moço, menino certo. Minha falsa sensação de segurança. Quero crer que agora estou mais uma vez sem armaduras, de cara limpa, ainda que sujo por uma ilusão que não quero mais crer.

Não tenho mais o que escrever, chega de adivinhações. Dia a dia vou descobrir o rumo dessa nova fase, mas dessa vez estarei sendo eu, e isso vai me permitir andar sem tempo certo pra chegar, ainda que o destino já esteja traçado.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Es ahora sabe qué actúa usted para mí....

Es para ese amor que he estado aprendiendo todo que sé....
Por qué ser el amor que tengo....
Y no necesito las razones.
Why tenga el amor....

Y aunque dicen que los años cambian, me siento todavía mismo....
No puedo aprender cómo dividir la época sin usted....
Usted enseñó que a mí viviera,
Me de esto la libertad....

Usted me mostró que hay juicio en mis pasos
Y que hay vida en solamente uno segundo....
No sé cómo vivir sin usted
Descubrí lo que representaba la falta....

Y fue para usted que cambié mi forma de la idea....
Eso perdió la factura de las líneas que mis poemas tenían....
Fue para usted que comprendía el amor....
Es ahora sabe qué actúa usted para mí....
Usted es el amor....

Y no sé cómo dividir la época sin usted....
Y sin usted no hay juicio de transformar palabra en las cancion....
Y usted lo sabe tan bien como soy....
Los sueños son solamente uno.

La época será llegada, y para tomarme por near usted....
Y fue para usted que cambié mi forma de la idea....
Eso perdió la factura de las líneas que mis poemas tenían....
Fue para usted que comprendía el amor....
Es ahora sabe qué actúa usted para mí....
Usted es el amor....

Eu sei o que há em você que é meu...


Quando seu coração esta em silêncio, sei o que ele quer dizer
Posso ouvir o som que sai dele
Eu vejo tudo o que você esconde
Entendo tudo o que é inexplicável...

Eu sei o que há em você que é meu...
E você não estará sozinho...

Escuto seu coração quando está em silêncio
Vejo seu passos quando a escuridão consome seu caminho,

Eu sei o que há em você que é meu...
E você não estará sozinho...

Todos tem direito a vôos,
E eu sei onde seu vôo vai te levar, quando vai te trazer...
Eu sei o que há em você que ninguém mais pode saber,
Sei o que você esconde em verdades absolutas, e expostas.
Em verdades cegas.

Eu sei o que há em você que é meu...
E você não estará sozinho...


Eu sei de você, dos seus passos, das sua músicas e melodias
Sei onde anda e onde repousa...
Mas não me peça para explicar,
Não tenho proveito em nós separados...
Eu sei o que há em você que é meu...

Você não estará sozinho...
Eu sei de você...

A Espera do Príncipe Encantado!


A maioria das mulheres são assim:

Passam a vida toda esperando um "Príncipe Encantado", que venha "montado em cavalo branco", lindo, inteligente, sensível, romântico, que dê presentes, abra as portas, carregue suas sacolas, que repare nas inúmeras e imperceptíveis mudanças de cabelo, que tolerem em silêncio e sorrisos suas crises de TPM, que sejam perfeitos.
Quando finalmente esse ser quase que mitológico chega, elas o derrubam, e casam com o cavalo.



O.o

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Ela tatuaou...

"Por amor a gente morre, por ódio a gente mata..."

O.o

domingo, 4 de maio de 2008

E de tudo o que tenho, só queria ter você.

Nada abonaria a culpa agora,
E o perdão é a ilusão de não doer
Foi erro nos permitirmos,
Foi errado deixarmos que nos envolvêssemos,
Foi erro e continua sendo errado
Mas nunca deixaremos estar...

Não deveríamos ter quisto,
Não deveríamos ter avançado a barreira do querer
Não é mais sonho...
Não é mais vontade,
Mas ainda é errado,

Temo pelo que abdiquei,
E pelo que insisti.
Não somos mais os mesmos,
Nossos olhares não tem mais a coragem que a pureza alicerça
Nossos gestos são tímidos, por serem agora tão próximos.

E ainda não sei como encarar teu olhar sem demonstrar o que aconteceu
Não foi só teu corpo, nem era só amor..
Tenho receio, tenho duvidas
Tenho o que não posso entender,
E de tudo o que tenho, só queria ter você.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Suspiros e Confições...

Às vezes eu penso que não mereço o que tenho e menos ainda o que desejo, seja de bom, seja de ruim... Penso que não vou conseguir nem mais um dia, nem mais um minuto, meus pensamentos doem...
Tenho vontade de parar, mas sei que estagnado não amenizo o que sinto e nem esqueço o que sou, então continuo andando, mesmo que mutilado, mesmo cansado, sei que andar é o melhor a ser feito.
Tem dias que sinto nojo de mim, e tenho medo do que posso fazer. Às vezes minha repulsa é com quem me cerca e quase sempre amo, e o pior? Nem sempre sei o motivo, e quando sei, nem sempre estou certo.
Às vezes como agora, não consigo mais suportar o peso, e aí só tenho duas opções: Parar ou descarregar; não me sinto a vontade com nenhuma delas, mas como já disse: parar não dá! Aí só me resta descarregar, mesmo que cheio de receios e medos, cheio motivos torpes em não fazê-lo (descarregar), mesmo contra a vontade que as pessoas tem em aceitar o que podem ouvir...
Gosto de brincar com as palavras e dizer o que não disse, falar o que não posso; gosto de passar por entre as pessoas gritando em silêncio as maiores barbaridades antes já ditas; gosto de ser eu sem ser ninguém, mas me machuca a falta de coragem de não conseguir ser transparente e mesmo não sendo ninguém, ser eu...
Na verdade sou só mais um dos covardes que não consegue dizer o que sente de forma direta, de forma a mostrar que precisa de ajuda. Em tudo, tenho porém um agravante: não tenho coragem de encarar de frente quem mais temo: EU.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Qual é o seu Evangelho?

Como cristão tenho vivido e sido bombardeado por duas correntes totalmente distintas entre si. Uma a do evangelho Humanista, onde ser cristão significa ser prospero, ter os problemas sanados, andar lado a lado com cristo e em paz consigo e com os irmãos de fé. A outra é a corrente mais tradicional e visivelmente menos flexível.

O evangelho humanista é o que mais converte, dia após dia ganha uma infinidade de membros fervorosos, que pulam, dançam e cantam para o Senhor de maneira livre e intensa, em sua maioria é constituído de jovens, pessoas as quais a igreja antes fez questão de ferir, além de pessoas carente que vem na união dos demais membros uma forma prazerosa e segura de viver em grupo. Apesar de ser bastante bombardeado e às vezes até mesmo ridicularizado esse tipo de evangelho tem seus resultados, ganha vidas e realmente salva pessoas de situações de destruição nas qual vivem.
Infelizmente a graça pregada de forma escrachada tem seu preço para a igreja. Raramente as pessoas estão preparadas para pagar o preço real que a vida cristã vai cobrar, acabam por manter e disseminar sua antiga forma de viver, espalham hábitos que além de lhes serem prejudiciais ainda ferem os que estão ao seu lado e tudo isso de maioria das vezes de forma inocente, pois vivem sob o que pensam ser o correto de Deus para suas vidas, a libertinagem vivida cegamente por liberdade.

Já alinha mais tradicional e dura do evangelho, que às vezes chega a se tornar agressiva e ferina, conquista em sua maioria membros de igreja mais liberais que vêem na cobrança exacerbada um alívio, são pessoas que não entendem o fabuloso e inexplicável presente da Graça de Deus. Normalnente passam a vida divididas entre os sentimento de culpa e cobrança, ou simplesmente distorceram a forma correta de viver em forma militar de viver.
Mas o que mais chama minha atenção nesse tipo de evangelho militarista são as corretes que podemos encontrar dentro do mesmo, existem os que vêem no homossexualismo uma passagem direta e sem volta para o inferno, os que não toleram a descrição e acham que é nossa obrigação berrar o "evangelho certo" ao mundo o tempo todo e mais ainda fazer com que o mundo o aceite em silêncio e temor, e por falar em temor tem também os que vivem em constante processo de tortura pela parte de seus líderes, nada pode, nada dá, tudo é pecado, ainda que a bíblia não diga isso.
Méritos? É claro que esse tipo de evangelho apresenta os seus. Transforma a vida de pessoas que ainda que tenham aceitado jesus vivem longe de sua vontade; normalmente tem uma gama interminável de bons e concisos pregadores e excelentes estudos bíblicos.

Se pensarmos como Igreja e termos em mente a visão maior de corpo essa ambigüidade não seria exatamente um problema. Mas a verdade é mais profunda e bem escondida. essas diferenças gritantes servem para nos revelar a deficiência que a Igreja de nossos tempos vem vivendo. Não temos conseguido passar a Graça como companheira da Lei, menos ainda diferenciar pecado e pecador, temos sido extremamente intolerantes e pobres a nível de relacionamento, às vezes superficiais, às vezes tão invasivos que assustamos.

Resumindo, chega de evangelho humanista, chega de evangelho militar, está na hora de vivermos o Evangelho de Cristo, real como deve ser vivido, como foi criado em sua essência.

terça-feira, 8 de abril de 2008

"Mudança de hábito..."

O que diferencia um hábito de um instinto é o fato de nascermos com ele ou não. Instinto é aquilo com o que nascemos, por exemplo a sucção (cientistas afirmam ser esse o primeiro instinto que temos), já os hábitos são costumes, manias que adquirimos com o tempo, repetições que nos seguem pela vida a fora, às vezes ultrapassando a barreira do aceitável adentrando ao patológico, é o caso dos inúmeros TOC's (Transtorno Obsessivo Compulsivo) doença que vem sendo cada vez diagnosticada entre as pessoas; porém nem sempre são coisas ruins, às vezes são simples gestos que nos auxiliam no dia a dia para uma organização e bom andamento de nossas atividades.

Como seres humanos, tão certo quanto nossa existência é o fato de que vamos acumular uma bagagem ao longo de nossas vidas, essa bagagem são informações e vivência que ao passar do tempo vamos adquirindo, são emoções, sentimentos, necessidades que absorvemos do meio em que fomos criados e vivemos. Infelizmente algumas vezes essa bagagem se torna um peso, e apesar da força que fazemos para carregá-la preferimos esconde-la, tentando assim minimizar seu tamanho frente aos que nos rodeiam.
Na minha opinião a omissão nada mais é do a mentira não expressa em palavras, logo é mentira também. Eu, vergonhosa e corajosamente admito sou um mentiroso nato, normalmente digo de "mentirinhas leves" daquelas que não prejudicam a ninguém mas dão mais ênfase no que estou falando, o que na maioria das vezes faço sem ao menos perceber que estou fazendo, o que poderia ser instinto se já não tivesse de tornado um hábito; à grandes mentiras e omissões cuidadosamente planejadas e contadas com intuito de me proteger.

Ha alguns anos atrás ouvi uma música que dizia: "... um dia pretendo tentar descobrir por que é mais forte quem sabe mentir, não quero lembrar que eu minto também..." na época não dei muita importância pra letra da música; como todo jovem, pensava que minha verdade mudaria o mundo, revolucionaria a sociedade hipócrita em que eu vivo; não estava errado, só não sabia o preço que isso me custaria, e assim que ele me foi apresentado desisti, achei que seria mais confortável.
Hoje, com uma bagagem maior e uma mudança em meus hábitos e ciclo de amizades, convivendo com cristãos boa parte do tempo e boa parte dele com pessoas não convertidas, vejo e julgo de forma interessante o fato dos dois grupos gostarem muito de frisar suas "berrantes diferenças", como se fossem de planetas diferentes, enquanto na verdade dividem a mesma ideia sobre a mentira e suas conseqüência, porém de forma mais ou menos camuflada.
Tenho percebido que a era do parecer chegou a igreja, agora nossos lideres parecem, convivo com muitos deles e os vejo penando, sofrendo em solidão pela solidão do silêncio de não dizerem o que sentem por medo ou receio de serem retalhados; como se isso já não fosse uma retaliação dura e desleal, sim o termo é esse DESLEAL, não se assuste. Ou por acaso seria leal com quem nos rodeia induzi-los a omitirem seus verdadeiros sentimentos e problemas? Pra mim parece duro demais que eu tenha que mentir ser forte para chegar a uma força, que ainda que eu saiba de onde venha não possuo.
Tenho minhas convicções e certezas, e sei de onde virá a minha força, mas sei também que sua fonte Jesus, não me pede para esconder meu real estado até estar n'Ele fortalecido, o que me faz pagar um preço que na maioria das vezes me intristesse e me faz por em duvida o tão pregado e difundido caráter dos que vivem como sendo fortes. No meio secular em que vivo não é diferente, basta montar um personagem e pronto, você se torna um referencial de sucesso.

Por favor, não me interprete mal, menos ainda julgue a Cristo pela igreja ainda doente e as vezes egípcia como eu; somos homens e falhamos, TODOS erramos, a diferença é a forma que encaramos nosso erro. Sim eu volto a dizer, agora porém já de forma mais tranqüila, eu minto, mas me envergonho disso. Quero mudar ainda que isso me custe muito. Mas estou disposto, tenho dito o que sinto e tentado ser o mais veríssimo ao que falo, não tem sido fácil e menos ainda gratificante perante as pessoas, mas lhes garanto é libertador. Quando ansiamos em receber de Cristo nossa liberdade, nos focamos tanto em nos desligarmos de prática visíveis que acabamos por esquecer de deixar que hábitos sejam removidos de nossa personalidade.
Sendo sincero mais uma vez, não tenho coragem de assumir com o ônus de lhes pedir que abandonem a mentira, e que vivam sendo vocês de verdade pra qualquer um, menos ainda tenho o direito de querer um único pedaço que seja do bônus da liberdade que isso lhes trará. Mesmo assim os isentivo a fazê-lo, e depois se nada der certo e você acharem que sou um doido espalhando destruição, voltem a ser o que são, mas não se permitam viver uma vida que não é sua. Cristo disse "Eu sou a Verdade", vivamos em Cristo, andemos com Cristo, pode não ser fácil, mas eu garanto: é melhor.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Desabafo...

Estranho?

É como já não me sinto a tempo... Estranho é quem é diferente de algo, ou alguém; é que é de uma pátria diferente...
Não sei de onde eu sou, não posso afirmar se realmente sou um estranho... Tanto faz pra onde eu vá, eu não sei pra inde voltar...

Tenho me sentido só. Ainda que rodeado de pessoas que eu amo e que sei que são recíprocas me sinto isolado, abandonado. Minha carência cresce dia após dia e eu não sei mais como sufocá-la em mim. Tenho medo ser honesto com as pessoas; eu sei que isso mudaria as coisas, e não que eu ache que agora está tudo certo mas como diria a canção "a escuridão ainda é pior que esta luz cinza...". Queria confiar em algo que espero, mas temo...
A verdade me assombra, me sufoca e me cala; é minha inimiga mais voraz, minha luta por aceitação e negação do que sou e não sei, do sei e não quero...
Minhas paixões enlouquecem minha carne, e me fazem me perder em meio aos meus monstros, temo pelo que sinto, por quem sinto...
Minha fé se perdeu em algo que não a começou, em algum lugar que achei que fosse um ponto de partida, mas era ilusão. Veja bem, não desacredito em quem eu deveria crer, mas desacredito no fato de realmente crer...
Estou fraco, mas sei que vou continuar andando, parar me faria sentir a dor sem a destração das pedras da estrada; mas o que me doi é não saber pra onde, me doi ter perdido o Caminho, ou talvez nunca tê-lo encontrado...

...

Blá, blá, blá, blá...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Até logo...

Saudade=Recordação nostálgica (Dicionário Michaelis).

Amo essa palavra! Provavelmente pelo fato dela só existir em português.
Saudade é de todas as dores a mais ambígua, crueldade e prazer. Sua crueldade está na distância dos que amamos, está na ausência de sentimentos presentes e fatos corriqueiros que nem percebemos, ou nos mais extraordinários que nos enchem de felicidade; a saudade nos mostra nossa impotência em relação ao mundo, desperta em nós um sentimento de “por que não posso ter quem eu quero?”, mas por outro lado é a certeza de termos pessoas que amamos e que despertam em nós desejo de voltar, de estar juntos...

Vou sentir falta da minha família dos meus amigos que já são família e às vezes até mais. Falta de abraços que dão segurança e amor, falta de conversas esclarecedoras, das diarréias mentais fluindo muita besteira, falta das massagens, das viagens, falta daqueles puxões de orelha, falta de filminhos, pipocas o brigadeiro... Das coisas ditas intencionalmente para escandalizar só pra poder rir até doer depois.... Conselhos e coisas novas que me ensinam, do tempo que tiram pra me ouvir chorar as pitangas, as conversas de extrema sintonia e a extrema sintonia mesmo sem conversas, dos olhares que dizem “eu também acho!”.
Vou sentir falta de cada coisa que aconteceu, das mais prazerosas as que mais me irritaram, mas que agora pela ausência da companhia me farão sentir saudades.

Essa é provavelmente a última que vez escrevo aqui do Sul antes de chegar no Rio, e a saudade já começa a apertar, começa a encontrar lugar de moradia em mim. Apesar de ter a certeza de que jamais vamos estar separados, pois como diria Da Vinci “para estar junto não é preciso estar perto, mas sim do lado de dentro”.

E isso aliado a um sentimento de volta é o que tem me tranqüilizado, tem me deixado livre para realizar sonhos a muito esperados.

POR TUDO ISSO E POR TUDO MAIS QUE AINDA VIRÁ, PELO AMOR INACREDITAVELMENTE GRANDE TENHO POR VOCÊS E QUE SEI QUE É RECIPROCO, EU AGRADEÇO A CADA UM E REPITO: AMO VOCÊS!!!

domingo, 20 de janeiro de 2008

Não sei mais como não sentir...

Agora vejo que não tenho mais nada,
Todo esse excesso me impõe minha pobreza...
E tudo o que sentia, agora amortece minha alma.

Não sei mais como não sentir...
E o que vejo é escuro;
Do silêncio que ouço, o barulho me atordoa...

Prefiro errar mais a te magoar.
Eu minto, eu dissimulo.
Eu não quero, mas eu te amo.

E a tua compreensão fica por conta da real falta de entendimento que tenho de mim.
A clareza dos sentimentos ainda me cega,
E o conforto nada mais é que a dor camuflada de controle.

Temo tudo o que insisto em amar em ti
Eu não quero mais.
É insano o um querer e burro o meu tentar.
É errada minha verdade.
E dolorido meu sentir.
Mas é feliz minha nostalgia em te amar.

Verdades...

Odeio te amar tanto assim,
Me doe a falta dos teus abraços
E o beijo que nunca provei, me assombra.
Tua voz é presença constante em minha memória.

Da tua falta se estrutura meu desespero
E pelo teu olhar se perde minha paz
Tua presença me machuca, pela distância.

Teu cheiro me acalma, me conforta...
Te traz pra perto de mim
Preciso de você, mesmo que longe...
Mesmo que no meu coração...

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Sem cair...

As estrelas já não caem mais,
Mas também não as vejo...
As noites estão mais escuras
E os dias, não me lembro como são...

Ando sem ter a certeza dos passos
E a escuridão já não assusta mais.
A distância em nada diminui a dor,
E o tempo não consola.

Os sentimentos se perdem em meio ao que vejo
Em meio a sua falta, que insiste em crescer.
As lagrimas ainda embaçam meu olhar, já turvo pela solidão,
E as estrelas já não caem...

Minhas falas em outros tempos já disseram mais
E eu já andei sabendo onde pisava,
Já busquei e desisti de buscar o que preciso
E agora espero que elas acabem, que caiam até a última...

Espero e sei que o faço em vão
Perdido e desesperançado com a escuridão que me norteia
Cego em só te ver.
Insensível em não sentir nada além de você, que não esta aqui.

Espero já que meus passos se cansaram
E eu ainda tenho muito pra andar
Mesmo que as luzes não me iluminem mais
E mesmo que meus versos continuem sendo confusos
Pelo imenso espaço que descobri ter sem você.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Inodoro

Será que você não percebeu?
Agora não tenho mais aquele cheiro.
Não me trate como caça.
Não me procure insanamente em você.

Ainda tenho o que você busca,
Mas não me culpe pelo que não desejo
Não me puna, por ter sentido.
Estou limpo.

Não me ofereça o que me atrai.
Eu não aceito mais.
Não me peça,o que não devo dar.

Eu tenho medo,
E você já percebeu,
Não tenho mais esse cheiro,
Me sinto acuado,
Culpado.

So quero estar limpo.
Não me olhe, sem conclusões.
Assim, sem estar, ficamos melhor.
Sem medo e sem culpa.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

De vagar, dor...

E agora vai, bem de vagar e sem parar...
Sem errar, sem viver.
De vagar, lentamente acabando,
Aos poucos e certo.

Assim acaba,
Termina o que não teve fim;
De vagar ruínas.
Na memória histórias, lembranças.

Invadido e indefeso.

De vagar a dor,
Sem fim e sem mais doer.
Sem mais espaço pra sentir,
Afeiçoado.

De vagar,
Lentamente...
Calma e sensata,
Vitoriosa em meu ser.

Judiciosa em ser
Atroz em doer,
Sem fim, execrado.

De vagar em doer...
Pulsar e doer...
Viver e aceitar...
Dolente.